Este é um exercício de hipertextos. A ideia é construir uma rede de memórias e das coisas não-ditas, que se misturam e se transformam e se confundem, e não é possível dizer ao certo a quem elas pertencem. As palavras-chaves clicáveis para se embrenhar mais nas teias narrativas estarão sempre marcadas em negrito e sublinhadas. Algumas das palavras podem te levar pra um beco sem saída - se isso acontecer, é só voltar para a última página e escolher outra. Os fatos e a cronologia não importam - neste jogo, é essencial dedicar a atenção à multiplicidade de vozes e tempos. Inicie a aventura a partir de palavras da memória primordial abaixo:
É algo que não sei se é justo dizer - sinto um amor descomunal pelo Rio de Janeiro, meu lar, mas meu coração, assim como minha família, enquanto eu crescia, criou um sentimento de pertencimento único com Minas Gerais. São coisas da infância que me perseguem, me fazem companhia - costumávamos nos reunir na casa da minha vó Lucy, em uma das múltiplas ladeiras de Barbacena. Enxergava tudo com uma claridade que só as cortinas translúcidas sobre os meus olhos infantis poderiam proporcionar.
Comentários
Postar um comentário