“[...]
minha casa é meu cansaço, minha miopia
minha artrite, a criança que fui e sigo
sendo, minha casa é a memória da casa
demolida, o cão que eu não tive
[...]
minha casa é meu passaporte
minha casa é minha língua
estrangeira
fronteiras que me cruzaram
minha casa é meu peso
minha idade
o nome da cidade
em que te conheci
[...]”
(como se fosse a casa [uma correspondência], ana martins marques & eduardo jorge)