Você me diz, mesmo sem falar, que te arrancaram as cordas vocais e os pés. Bailarina no meio de um salto que ficou pra sempre nos ares, e disse que isso te lembrava um sermão mas que não lembrava o nome. Na espera de romper com a gravidade, uma lembrança sempre na ponta da língua, na potência de um grito que não estoura mas eu consigo sentir em meus tímpanos. Por quanto tempo pode alguém ficar suspenso?