Não me encaixo direito na poltrona laranja, o plástico gruda nas mãos suadas e as roupas me apertam, sufocam. Me contaram uma vez que não se pode enfiar o dedo na tomada, mas eu quero experimentar. O dedinho é curto - a corrente vai e volta e vai e volta e vai e volta. Eu quero ser um fusível, quero explodir em cores em mil e um decibéis, chegar aos céus e voar.